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sábado, 25 de julho de 2009

Gota de orvalho



Sou gota de orvalho destemida
Errando e desfazendo os nós que me alucinam
Numa longa e invisível sensatez

Sou um cais onde as gaivotas vêm beber
Sou a fortaleza dos dias
Onde as marés aportam
Tempestades ao amanhecer

Porque me entrego neste mar sem sal
Se ainda sou só uma gota esquecida
Sobre folhas tenras e desprotegidas?

Porque teimo em ser oceano
Se sou só orvalho cristalizado
Sem encontrar o riacho que me eternizou?