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sábado, 30 de janeiro de 2010

Poema de Coletivos - XXXIII



Vejo a lua
Através da minha janela
Ela está nua
E nem sei quem é ela

Cá estou, perdido,
Tentando me encontrar
Vagando esquecido,
Sem ninguém se importar

Através da janela, eu vejo a lua
Redonda como um bisturí
E ela já está na rua
Pois seu lugar não é aqui

Aproveitei muito da vida
Aproveitaram muito de mim
Não há quem eu chame de querida
E sempre foi assim


Vejo a lua, pela janela
Redonda, como um tamanco
Toda minha inspiração vem por ela
Quem sabe, um dia me manco.

Me dôou, me entrego
Sem aguardar a retribuição, que nunca recebí.
Algumas vezes me pego,
Mendigando atenção, de quem nunca recebi.

Amores vem,
Amores vão
Continuo sem ninguém,
E sem nenhuma opção.
Vejo a lua pela janela...
Será que ela sabe que existo?


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