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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Noite







Observo-te!... Teu campo, teu domínio
Tua grandeza, tua proporção
Causa em mim, um tal fascínio
Que me entrego à contemplação...

Um oceano negro, salpicado

Reluzindo um brilho desigual
Em cada ponto teu, que é prateado
Há uma incerteza natural

Envolve a Terra com simplicidade

Interfere no comando da razão
Negas ao mundo tua claridade
Pois teu segredo, habita a escuridão

Os astros, súditos de teu reinado

São carícias, em teu revolto manto
Inspiram mistérios velados
Que chegam a causar-me espanto...

Sugere sempre o desconhecido

Incita toda a sensibilidade
Dominas o rumo de quem foi vencido
Pela fraqueza da curiosidade...

Causa-me inquietação

Quase um medo de te conhecer
Receio tua força, tua solidão
Quando te afastas ao amanhecer...

Céu... Infinito... Paraíso!

Quem sabe o que és realmente
Permaneces num ato conciso
Acolhendo este planeta incoerente...

Meus olhos brilham ao observar-te

Porto de almas infantis!
Meu coração deseja revelar-te
O quanto na verdade, me fazes feliz...
(Cill)