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domingo, 1 de julho de 2012

Soneto da Terra


Quem me dera poder retribuir-te
Em vida, tudo aquilo que me deste,
Este sopro de vida sem pedir-me
Nada em troca, daquilo que fizeste.

Gritar em defesa do teu nome
Lamentar por teus filhos avarentos
Morrer, pra saciar tua fome.
Escrever tua saga, teu lamento...

Mãe Terra, de tantas voltas vividas,
Pérola das águas, do poder da vida.
Vida tirana que decreta a morte.

Apesar de tudo, continuas forte.
Teu ciclo de vida... Maior que o homem
Devolvendo a vida e coroando a morte.

José Manoel dos Santos