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domingo, 11 de janeiro de 2015

A foz

Se cada coisinha que eu sei correspondesse a um rio...
E se cada um deles desaguasse na mesma foz...
Esta não teria senão o tamanho de uma bacia bem pequenina na qual eu refresco os meus cansados pés.
Os rios seriam tão curtos quanto a minha felicidade,
tão estreitos quanto a minha existência, tão secos quanto a minha solidão.
Mas talvez, talvez bem no fundo da bacia, talvez para lá das lágrimas turvas, e para que eu me possa orgulhar,
talvez sorriam dois peixinhos, que eu, apesar da distância possa contemplar!
E quem sabe... Uma flor se incline e faça nascer, na foz uma flor que eu possa colher!

(TrabisDeMentia)