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domingo, 8 de novembro de 2015

O Nascimento da Poesia

Nasce o ser mudo, atento a tudo, grávido de sonhos, pronto a ouvir e a sentir, na pele, o amor, apto a retribuir os gestos concebidos. Cresce, aprende, e desenvolve a vida, pulsante, entre palavras inscritas na maternidade. Nasce o poeta, calado, pintando a sensibilidade do visto; sonha no vento, colorindo o tempo; iça vôo sobre pedras, fala com pensamentos, dança com a imaginação, sofre, e é feliz, amando, com o dom de transformar lágrimas em gotas de orvalho, evaporadas dos lagos e rios doces, que cascateiam nas ondas do mar, murmurando o sentido, que embala o berço de letras, unidas em palavras escritas sobre linhas paralelas, eternas, cantando e encantando o verbo que torna a magia em alegrias de um infinito viver.

  Schyrlei Pinheiro