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sábado, 12 de agosto de 2017

"UMA OFERENDA DO DESTINO"

Do que a vida me deu,tenho a inconstância
Do vento e aquela solitária calma
De palmeira que acena em cada palma
Os adeuses perdidos na distância.

E se não tenho mais essa fragrância
De asa liberta que no azul se espalma,
Conservo o ingênuo olhar de minha infância
E a pureza do céu no fundo d’alma!

Nada á vida pedi... Mas,em verdade,
Tive um desejo muito pequenino
Que ontem era esperança e hoje é saudade...

Porém,se ela negou-me o que eu queria,
Veio a noite insondável do destino
E encheu de estrelas minhas mãos vazias !

Nelson de Araújo Lima